Primeiramente vamos pensar bem sobre o que é um casamento...
Nas tradições ocidentais, asseadas na história europeia, a união de um homem e uma mulher sempre teve um objetivo muito bem definido, inclusive através das principais religiões vigentes. Esta finalidade tem sido o ter filhos. Claro que em muitos momentos históricos esta necessidade se dava pela alta mortandade existente, desde a mortalidade infantil, às doenças e à guerra. Assim, quantos mais filhos nascessem, maior era a chance de ter sobreviventes úteis socialmente. Assim, a instituição de relacionamentos regulados pela sociedade, um casamento, deveria ter como produto os filhos.
Muitas culturas ainda são assim, e algumas valorizam basicamente o filho homem como reconhecimento de mão de obra produtiva financeira.
Mas um relacionamento a dois cada vez mais adquiriu outras funções nas vidas dos cônjuges.
Com a população mundial atingindo números nunca antes alcançados e com a produção de alimentos chegando a limites previstos desde o século XVIII, o discurso contra o excesso de nascimentos tem aparecido em muitos países no século XX, incluindo buscas de controle familiar, políticas de planejamento familiar... e em muitos países o resultado tem sido de redução do crescimento populacional.
Nestas circunstâncias outras finalidades se desenvolveram desde o fim do século XIX e se mostram importantes no século XXI.
Os relacionamentos conjugais passaram a ser valorizados pelo afeto entre os cônjuges, o amor. Algo de menor importância antes do século XIX, mas que ganhou enorme valorização no século XX como se houvesse sempre sido assim.
Os relacionamentos de casamento passaram a ser valorizados, primeiramente, pelo amor, mas ainda seguiam com a necessidade de reprodução. A Lei Brasileira valorizou este aspecto por todo o século XX, mas já referindo o casamento com uma função importante primordial de ?conjunção carnal? e não diretamente reprodutiva.
Mas continuavam os casamentos religiosos católicos expressando que a finalidade da união era ter filhos. Mas já no final do século XX e início do XXI podemos estucar padres oficiando um casamento valorizando o relacionamento sexual, além do reprodutivo.
Assim o que temos é a função reprodutiva do sexo imposta socialmente há milênios, mas perdendo a força nos últimos 150 anos.
A valorização do casamento como o local social para a vivência de afetos e emoções, a exemplo do amor e das emoções sexuais passa a aparecer e receber valorização ideológica.
Casais passam a ter relacionamentos longos e sem filhos atualmente, sendo que há meros 20 ou 30 anos o que já se percebia era a diminuição do número de filhos se compararmos às décadas anteriores. E isto é mais visível nos grandes centros urbanos.
A valorização do casal como companheiros para viverem a vida, os prazeres, as diversões, aumenta de importância.
Claro que este modelo de casais também tem funções sociais outras, a exemplo de serem dois elementos produtivos que se dedicam a seus trabalhos, aumentando a produtividade de um grupo em que não existe a necessidade de aumento populacional.
Assim temos casais que podem ter no casamento o meio de trocas emocionais e afetivas. Estas trocas também podem ser através do sexo, também podem!
Então passamos a valorizar relacionamentos que não exigem o sexo como formas de trocas emocionais. Antes o sexo era a forma exigida para a reprodução. Atualmente nem o sexo é necessário para se ter filhos...
Então, casamento, união de duas pessoas pode ser também uma união homossexual, pois deixou de haver a exigência de se ter filhos. Isto reforça a compreensão de trocas afetivas e emocionais serem mais importantes, incluindo o uso do sexo.
O valor da troca emocional e afetiva por ser desenvolvida através de meios não sexuais, não genitais, mas que ainda podem ser sexuais. Afinal, o relacionamento sexual não se restringe, nunca foi restrito, a genital, à cópula.
Os novos modelos não são exatamente tão novos, mas passa a ser reconhecidos como possibilidades e iniciam a receber valorização positiva que deve crescer nas próximas décadas.
Então temos casamentos onde o sexo não é o primordial e isso tem aparecido nas últimas décadas chegando ao fenômeno da assexualidade.
Ainda existem preocupações de que sexo seja uma resposta ao amor, e que se o sexo diminuísse ou acabasse seria uma referência à diminuição ou fim do amor.
Amor é um elemento afetivo, algo mais complexo do que as emoções primárias, reativas, animais existentes no ser humano.
Emoções são as vivências que ocorrem durante o sexo, diferenciando-se dos afetos.
Os casais formados sempre valorizaram o sexo baseado no amor, mas cada vez mais se debateu a diferença entre as duas circunstâncias, e cada vez mais se reconhecendo o sexo sem a necessidade de afetos presentes, sem a necessidade do amor. Mas isso é algo que os homens já eram ensinados a viver e poder falar a respeito desde há muitas e muitas décadas.
O desejo sexual é um mecanismo interativo no casal. Estímulos físicos que se transformam e são percebidos como sexuais.
Casais que reconhecem a diminuição de atividades sexuais e de motivação para a busca destas atividades podem mudar esta situação.
Reencontrar os caminhos para as atividades sexuais é algo plenamente possível, mas que exige reorganizações que nem sempre os casais percebem que podem executar, o que os leva a procurar auxílio em psicoterapia de casais ou na psicoterapia sexual.
No Brasil ainda não é tão comum um casal buscar ajuda para superaram problemas que ocorreram exceto na iminência de separação.
A possibilidade de término de um casamento pode mobilizar a um ou ambos na busca de alternativas para retomada do casamento.
Compreender os limites momentâneos de um casal se recuperar sem ajuda num momento que compreendem estão vivendo sem atividades sexuais será o primeiro passo.
Se soubessem como fazer, já o teriam feito.
Reconhecer que se precisa de ajuda será um passo muito importante e o mais difícil de se tomar.
Os caminhos da psicoterapia de casais para superação de problemas sexuais sempre deverão ser positivos e prazerosos.
A psicoterapia focada na sexualidade auxiliará a cada um no casal a reconhecer as atividades que conduzem a sensações prazerosas e desenvolver coerência entre o que fazem, pensam e sente (tanto fisicamente quanto emocionalmente). Assim o caminho poderá ser muito prazeroso para o casal e a psicoterapia funciona para estes casais que se propõe a mudar e chegarem a um objetivo com essa ajuda psicológica.
+ Existe casamento sem sexo? Psicólogo explica.
Muitas culturas ainda são assim, e algumas valorizam basicamente o filho homem como reconhecimento de mão de obra produtiva financeira.
Mas um relacionamento a dois cada vez mais adquiriu outras funções nas vidas dos cônjuges.
Com a população mundial atingindo números nunca antes alcançados e com a produção de alimentos chegando a limites previstos desde o século XVIII, o discurso contra o excesso de nascimentos tem aparecido em muitos países no século XX, incluindo buscas de controle familiar, políticas de planejamento familiar... e em muitos países o resultado tem sido de redução do crescimento populacional.
Nestas circunstâncias outras finalidades se desenvolveram desde o fim do século XIX e se mostram importantes no século XXI.
Os relacionamentos conjugais passaram a ser valorizados pelo afeto entre os cônjuges, o amor. Algo de menor importância antes do século XIX, mas que ganhou enorme valorização no século XX como se houvesse sempre sido assim.
Os relacionamentos de casamento passaram a ser valorizados, primeiramente, pelo amor, mas ainda seguiam com a necessidade de reprodução. A Lei Brasileira valorizou este aspecto por todo o século XX, mas já referindo o casamento com uma função importante primordial de ?conjunção carnal? e não diretamente reprodutiva.
Mas continuavam os casamentos religiosos católicos expressando que a finalidade da união era ter filhos. Mas já no final do século XX e início do XXI podemos estucar padres oficiando um casamento valorizando o relacionamento sexual, além do reprodutivo.
Assim o que temos é a função reprodutiva do sexo imposta socialmente há milênios, mas perdendo a força nos últimos 150 anos.
A valorização do casamento como o local social para a vivência de afetos e emoções, a exemplo do amor e das emoções sexuais passa a aparecer e receber valorização ideológica.
Casais passam a ter relacionamentos longos e sem filhos atualmente, sendo que há meros 20 ou 30 anos o que já se percebia era a diminuição do número de filhos se compararmos às décadas anteriores. E isto é mais visível nos grandes centros urbanos.
A valorização do casal como companheiros para viverem a vida, os prazeres, as diversões, aumenta de importância.
Claro que este modelo de casais também tem funções sociais outras, a exemplo de serem dois elementos produtivos que se dedicam a seus trabalhos, aumentando a produtividade de um grupo em que não existe a necessidade de aumento populacional.
Assim temos casais que podem ter no casamento o meio de trocas emocionais e afetivas. Estas trocas também podem ser através do sexo, também podem!
Então passamos a valorizar relacionamentos que não exigem o sexo como formas de trocas emocionais. Antes o sexo era a forma exigida para a reprodução. Atualmente nem o sexo é necessário para se ter filhos...
Então, casamento, união de duas pessoas pode ser também uma união homossexual, pois deixou de haver a exigência de se ter filhos. Isto reforça a compreensão de trocas afetivas e emocionais serem mais importantes, incluindo o uso do sexo.
O valor da troca emocional e afetiva por ser desenvolvida através de meios não sexuais, não genitais, mas que ainda podem ser sexuais. Afinal, o relacionamento sexual não se restringe, nunca foi restrito, a genital, à cópula.
Os novos modelos não são exatamente tão novos, mas passa a ser reconhecidos como possibilidades e iniciam a receber valorização positiva que deve crescer nas próximas décadas.
Então temos casamentos onde o sexo não é o primordial e isso tem aparecido nas últimas décadas chegando ao fenômeno da assexualidade.
Ainda existem preocupações de que sexo seja uma resposta ao amor, e que se o sexo diminuísse ou acabasse seria uma referência à diminuição ou fim do amor.
Amor é um elemento afetivo, algo mais complexo do que as emoções primárias, reativas, animais existentes no ser humano.
Emoções são as vivências que ocorrem durante o sexo, diferenciando-se dos afetos.
Os casais formados sempre valorizaram o sexo baseado no amor, mas cada vez mais se debateu a diferença entre as duas circunstâncias, e cada vez mais se reconhecendo o sexo sem a necessidade de afetos presentes, sem a necessidade do amor. Mas isso é algo que os homens já eram ensinados a viver e poder falar a respeito desde há muitas e muitas décadas.
O desejo sexual é um mecanismo interativo no casal. Estímulos físicos que se transformam e são percebidos como sexuais.
Casais que reconhecem a diminuição de atividades sexuais e de motivação para a busca destas atividades podem mudar esta situação.
Reencontrar os caminhos para as atividades sexuais é algo plenamente possível, mas que exige reorganizações que nem sempre os casais percebem que podem executar, o que os leva a procurar auxílio em psicoterapia de casais ou na psicoterapia sexual.
No Brasil ainda não é tão comum um casal buscar ajuda para superaram problemas que ocorreram exceto na iminência de separação.
A possibilidade de término de um casamento pode mobilizar a um ou ambos na busca de alternativas para retomada do casamento.
Compreender os limites momentâneos de um casal se recuperar sem ajuda num momento que compreendem estão vivendo sem atividades sexuais será o primeiro passo.
Se soubessem como fazer, já o teriam feito.
Reconhecer que se precisa de ajuda será um passo muito importante e o mais difícil de se tomar.
Os caminhos da psicoterapia de casais para superação de problemas sexuais sempre deverão ser positivos e prazerosos.
A psicoterapia focada na sexualidade auxiliará a cada um no casal a reconhecer as atividades que conduzem a sensações prazerosas e desenvolver coerência entre o que fazem, pensam e sente (tanto fisicamente quanto emocionalmente). Assim o caminho poderá ser muito prazeroso para o casal e a psicoterapia funciona para estes casais que se propõe a mudar e chegarem a um objetivo com essa ajuda psicológica.
+ Existe casamento sem sexo? Psicólogo explica.