Expressões sexuais como a tentativa de um coito no vagão, ou de espiar (gravando em vídeo), ou de passar a mão, tocar partes do corpo relacionadas a sexo, ou o esfregar-se na outra pessoa em trens lotados.
Sempre existem pessoas que descobrem uma forma que consideram sexo diferente do que as outras pessoas chamam de sexo. Situações sexuais em sistemas de transporte coletivo são presenciadas frequentemente nas grandes cidades.
Na grande São Paulo, tem-se cogitado de restringir um ou dois vagões de Metrô ou dos trens suburbanos para uso exclusivo de mulheres. A medida seria paliativa e de maneira alguma solucionaria em longo prazo estas situações. Estas situações são comuns e sempre foram noticiadas aquelas que chegavam às Delegacias.
O primeiro problema é a classificação do delito de acordo com a legislação brasileira. O caso do rapaz que, ao que parece, chegou a baixar as calças da moça, e com o pênis para fora ejaculou, tem sido noticiado como crime de estupro. Provavelmente não ocorrerá isso, pois não ocorreu penetração, ponto fundamental para o crime de estupro, o que produzirá uma reclassificação para atentado violento ao pudor, que implica em atos libidinosos distintos da penetração.
Devemos lembrar que apenas nos últimos anos a legislação sobre estupro se estende aos homens que sejam submetidos à penetração (com este termo estamos nos referindo à introdução do pênis, pois de outra maneira a classificação de crime recai novamente em atentado violento ao pudor).
Ao final do dia, após longas horas de trabalho, com dificuldades em voltar para casa com grande movimento nos transportes públicos, algumas pessoas, em especial homens, se utilizam das vivências sexuais para relaxar e administrar a frustração que o dia causa, ou como se costumam referir ?estresse?. Existe uma grande variação de expressões sexuais usadas nestas ocasiões, como mostram os três exemplos noticiados na mídia.
Expressões sexuais como a tentativa de um coito no vagão, ou de espiar (gravando em vídeo), ou de passar a mão, tocar partes do corpo relacionadas a sexo, ou o esfregar-se na outra pessoa em trens lotados, as variações existem e mobilizadas pelas mesmas dificuldades em administrar as ansiedades do cotidiano. São atos costumeiros, e as pessoas, geralmente mulheres, sabem que diariamente existem estas situações, mas do que aparecem na imprensa ou na delegacia.
Uma explicação desde a Psicologia
Primeiramente devemos considerar a incapacidade em administrar as situações de ansiedade que vivem individualmente. Então passamos para o objeto de cunho sexual que se utilizam para aplacar as ansiedades, e depois para a diferenciação de métodos.
As formas de expressão sexual dependem de como ocorreu o histórico de vida de cada um, e de como nesta história houve a associação da expressão sexual causando prazer e relaxamento, com a situação envolvida na ansiedade e tensão.
A verbalização destas pessoas, explicando o ocorrido, é apenas algo que eles compreendem possa ser entendido como desculpa por quem os ouve. Não são explicações, mas dão indícios das motivações. Um dos exemplos é exatamente este descrito: ?não aguentou?, estava com alta carga de ansiedade e seguiu o impulso. Assim, uma das razões para estes atos é a incapacidade de controlar-se, sendo impulsivo. Esta impulsividade pode revelar uma doença psiquiátrica, mas precisa existir uma avaliação completa e correta.
Outro fator patológico envolvido, mesmo que leve, é a dificuldade em administrar e viver de acordo com as regras sociais. Esta característica antissocial, aumentada e extremada é a sociopatia ou a psicopatia. Portanto, estas pessoas precisam ser investigadas antes de serem diagnosticadas.
Outro fator importante para se diferenciar a patologia ou o que os psiquiatras chamam de transtorno, é a frequência e obrigatoriedade do ato. Se esta é a única forma de expressão sexual na busca de prazer, se faz sempre. Aqui as fantasias não contam, apenas a atuação na realidade.
Mais outro fator é o necessitar de participantes que não estão de acordo com a vivência sexual. Nos casos dos transportes públicos que são noticiados já é um fator complicador condizendo com a psicopatologia.
Outra consideração é trazer consequências negativas para si e para os outros, o que também se encontra presente de modo claro nestes casos.
E finalmente a capacidade ou incapacidade de controlar os impulsos que conduzem aos comportamentos sexuais.
Assim começamos a diferenciar de comportamentos denominados parafílicos (implicando formas diferentes de se obter prazer sexual), de uma doença/transtorno. A psicoterapia de abordagem comportamental-cognitiva é o tratamento mais útil para se obter resultados de adequação psico-social, ou seja, satisfatórios para o indivíduo e para o meio em que ele vive.
A psicoterapia consiste em sessões/consultas semanais ou duas vezes por semana, com o objetivo de auxiliar a estes homens a desenvolver outros comportamentos sexuais satisfatórios, aprendendo a suportar e administrar as frustrações do cotidiano, permitindo a inserção social.
Na grande São Paulo, tem-se cogitado de restringir um ou dois vagões de Metrô ou dos trens suburbanos para uso exclusivo de mulheres. A medida seria paliativa e de maneira alguma solucionaria em longo prazo estas situações. Estas situações são comuns e sempre foram noticiadas aquelas que chegavam às Delegacias.
O primeiro problema é a classificação do delito de acordo com a legislação brasileira. O caso do rapaz que, ao que parece, chegou a baixar as calças da moça, e com o pênis para fora ejaculou, tem sido noticiado como crime de estupro. Provavelmente não ocorrerá isso, pois não ocorreu penetração, ponto fundamental para o crime de estupro, o que produzirá uma reclassificação para atentado violento ao pudor, que implica em atos libidinosos distintos da penetração.
Devemos lembrar que apenas nos últimos anos a legislação sobre estupro se estende aos homens que sejam submetidos à penetração (com este termo estamos nos referindo à introdução do pênis, pois de outra maneira a classificação de crime recai novamente em atentado violento ao pudor).
Ao final do dia, após longas horas de trabalho, com dificuldades em voltar para casa com grande movimento nos transportes públicos, algumas pessoas, em especial homens, se utilizam das vivências sexuais para relaxar e administrar a frustração que o dia causa, ou como se costumam referir ?estresse?. Existe uma grande variação de expressões sexuais usadas nestas ocasiões, como mostram os três exemplos noticiados na mídia.
Expressões sexuais como a tentativa de um coito no vagão, ou de espiar (gravando em vídeo), ou de passar a mão, tocar partes do corpo relacionadas a sexo, ou o esfregar-se na outra pessoa em trens lotados, as variações existem e mobilizadas pelas mesmas dificuldades em administrar as ansiedades do cotidiano. São atos costumeiros, e as pessoas, geralmente mulheres, sabem que diariamente existem estas situações, mas do que aparecem na imprensa ou na delegacia.
Uma explicação desde a Psicologia
Primeiramente devemos considerar a incapacidade em administrar as situações de ansiedade que vivem individualmente. Então passamos para o objeto de cunho sexual que se utilizam para aplacar as ansiedades, e depois para a diferenciação de métodos.
As formas de expressão sexual dependem de como ocorreu o histórico de vida de cada um, e de como nesta história houve a associação da expressão sexual causando prazer e relaxamento, com a situação envolvida na ansiedade e tensão.
A verbalização destas pessoas, explicando o ocorrido, é apenas algo que eles compreendem possa ser entendido como desculpa por quem os ouve. Não são explicações, mas dão indícios das motivações. Um dos exemplos é exatamente este descrito: ?não aguentou?, estava com alta carga de ansiedade e seguiu o impulso. Assim, uma das razões para estes atos é a incapacidade de controlar-se, sendo impulsivo. Esta impulsividade pode revelar uma doença psiquiátrica, mas precisa existir uma avaliação completa e correta.
Outro fator patológico envolvido, mesmo que leve, é a dificuldade em administrar e viver de acordo com as regras sociais. Esta característica antissocial, aumentada e extremada é a sociopatia ou a psicopatia. Portanto, estas pessoas precisam ser investigadas antes de serem diagnosticadas.
Outro fator importante para se diferenciar a patologia ou o que os psiquiatras chamam de transtorno, é a frequência e obrigatoriedade do ato. Se esta é a única forma de expressão sexual na busca de prazer, se faz sempre. Aqui as fantasias não contam, apenas a atuação na realidade.
Mais outro fator é o necessitar de participantes que não estão de acordo com a vivência sexual. Nos casos dos transportes públicos que são noticiados já é um fator complicador condizendo com a psicopatologia.
Outra consideração é trazer consequências negativas para si e para os outros, o que também se encontra presente de modo claro nestes casos.
E finalmente a capacidade ou incapacidade de controlar os impulsos que conduzem aos comportamentos sexuais.
Assim começamos a diferenciar de comportamentos denominados parafílicos (implicando formas diferentes de se obter prazer sexual), de uma doença/transtorno. A psicoterapia de abordagem comportamental-cognitiva é o tratamento mais útil para se obter resultados de adequação psico-social, ou seja, satisfatórios para o indivíduo e para o meio em que ele vive.
A psicoterapia consiste em sessões/consultas semanais ou duas vezes por semana, com o objetivo de auxiliar a estes homens a desenvolver outros comportamentos sexuais satisfatórios, aprendendo a suportar e administrar as frustrações do cotidiano, permitindo a inserção social.